Depois de seis anos de Governo Leite, IPE Saúde segue sem estrutura adequada para atendimento aos usuários

Vania 20 Maio 2024 | 1min de leitura

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“O IPE Saúde não tem uma estrutura administrativa adequada para fazer frente às suas obrigações e consequentemente não consegue fazer auditoria médica das contas que ele recebe e que ele tem que pagar, não tem estrutura adequada para atender 1 milhão de usuários”. Essa foi a conclusão que os deputados da bancada do PT chegaram após ouvir o relato do diretor-presidente do IPE Saúde, Paulo Afonso Oppermann, em reunião realizada a portas fechadas, por determinação do líder de governo, deputado Frederico Antunes (PP), nesta quarta-feira (13), na Assembleia Legislativa.

De acordo com o representante do IPE Saúde, a instituição conta com apenas 170 funcionários para atender todos os usuários. Outro problema admitido na reunião pelo diretor-presidente é que é necessária uma nova tabela de remuneração de diárias e serviços hospitalares e que seja feita uma correção do preço dos medicamentos para suprir as insuficiências de serviços médico-hospitalares e das taxas e diárias. “O que precisa ser feito agora é um debate com os prestadores de serviços porque eles dizem que o fim do sobre preço nos medicamentos é insuficiente para cobrir as despesas das diárias e das taxas hospitalares, então esse debate vai ter que continuar”, afirmou o deputado Pepe Vargas que em junho de 2022 já havia apontado à direção do IPE Saúde a necessidade de ampliar o quadro de funcionários e profissionais da saúde, de rever as tabelas de serviços e honorários, para garantir um melhor atendimento aos usuários, em especial, no interior.

Para Pepe, que é membro titular da Comissão de Saúde, os valores das novas diárias e taxas hospitalares não cobrem os custos que têm muitos hospitais. Contudo o maior problema é a falta de estrutura administrativa. “Estamos questionando que até hoje, passados seis anos da lei que criou o IPE Saúde, a estrutura administrativa não foi implantada, com 170 funcionários para gerir um plano de 1 milhão de pessoas, não tem auditoria médica para poder auditar as contas que chegam. Enfim, é uma esculhambação”.

Também participaram da reunião a deputada Sofia Cavedon e o deputado Miguel Rossetto.